QUEM FICA COM AS CRIANCAS?

Na hora da separação, a primeira pergunta que se faz é: Quem fica com as crianças?
Sabemos que, legalmente, a condição financeira vai influenciar, pois,  dar o que a criança precisa é importante. 

Mas, quando um casal de une para um relacionamento, está visando o quê? Amor, sim, é claro. O adulto entra na relação porque ama e quer ser amado; sai da relação porque um dos dois deixou de amar. Entre os adultos, o amor decide se ficam juntos ou separam.

A criança nasce de uma relação que, ela, sequer entende. Mas, o amor que tanto deseja, não é levado em consideração. A disputa é mais pelo poder, vingança, ciúmes do dinheiro... A criança se torna objeto, taça da vitória.

A responsabilidade de dar todo afeto, amparo emocional, fica no descaso. Sabemos que obrigar alguém a estar com uma criança, não significa que ela será amada. Pais e mães sem equilíbrio, sem amor, sem tempo para amar é o que mais existe nas separações.

Que a criança precisa da mãe, isso nós sabemos. Que a pensão alimentícia gera ciúme, também sabemos. E como fica a criança abandonada nos dias de visita? A criança que vira um peso, como ela se sente? Alguém ja viu um filho ser maltratado pelo pai, justamente, no final de semana dele? Logo no dia de receber abraços, beijinhos, carinho...e  tratado como estorvo? Se ele tiver outra namorada então, isto se agrava. Se a outra tiver filhos então, piora. Salvo alguns casos.

E a mãe ocupada em ser feliz? Esta é outra pancada naquela vidinha, que nem pediu para estar ali. Mãe desnaturada pode ser a mãe que está presente, mas, só em corpo. Não se importa com o ser que gerou. E se ela casar e tiver outros do segundo casamento? Acaba permitindo que seu companheiro maltrate sua cria, usando da desculpa de que ele está educando. Sim, salvo alguns casos.

Ou seja, quem fica com as crianças?

O sentimento de uma criança é a coisa mais sublime, divina e pura. O adulto tem o hábito de se lamentar da própria infância e, enquanto se lamenta, destrói a infância dos filhos que gerou. Amor e equilíbrio, isto é o que deveria determinar com quem ficam as crianças. Quem ama e protege, fica. A questão financeira, para sustento dos filhos, é obrigatória. Cada um que faça sua parte e, para ficar nos finais de semana, precisa amar e cuidar, também. Ou seja, se é para estar com um filho, o ame. 

A lei precisa parar de colocar crianças em perigo, através do terrorismo psicológico dos pais. A paciência, o bem querer, o carinho vale mais. O que o dinheiro pode comprar, que compre mesmo sem a guarda. Isto é questão de obrigação!

Carmen Lu Miranda

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